domingo, 24 de fevereiro de 2019

“Anestesia Local: um Sociólogo na Oficina do Diabo”, Edmundo Campos Coelho

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Que texto, meus caros, que texto. Encontrei no blog Proveitos Desonestos e copiei, tal como estava, para cá.
(http://proveitosdesonestos.com.br/2018/05/22/anestesia-local-um-sociologo-na-oficina-do-diabo-por-edmundo-campos-coelho/)
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Hoje, sexta-feira, 22 de maio, voltei da banca de jornal da esquina com A Notíciaescondida dentro de O Globo. Acomodo-me para folheá-lo em sessão estritamente privada e vejo que tantas foram as mudanças que o jornal pouco lembra aquele que há dois ou três anos o jornaleiro diariamente reservava para mim. Desapareceu a página do meio do segundo caderno com os nus de prostitutas do Centro e dos subúrbios (em ângulos que nunca revelavam o rosto) prometendo instantes de êxtases inimagináveis, endereço e telefone no canto da página, por obséquio. Também não encontro a coluna social, que divulgava a programação de clubes em Irajá, Coelho Neto, Ricardo de Albuquerque ou Pavuna, com seus sorridentes diretores sociais posando ao lado de magníficas mulatas ou sonhadoras debutantes. Em compensação, e para autenticar a velha identidade, permanece a coluna “Na Cama com Silvana”, um consultório sexual que deveria ser leitura obrigatória para todos os filisteus da seita do feiticeiro de Viena, mas agora sem o famoso logotipo, uma bem torneada bunda feminina encimada por um sexy espartilho. Todavia, na edição de hoje, uma foto na página central do primeiro caderno evoca uma pálida lembrança do que foi o jornal: contra o fundo negro da noite em Piedade, alinhadas à esquerda com um orelhão alaranjado da Telerj, que o flash do fotógrafo resgatou como muda testemunha oficial, duas adolescentes, em pé, olham pensativas, quase cabisbaixas, para o corpo de um homem negro estendido na calçada, do peito ao meio das canelas coberto por uma toalha branca, os pés magros e descalços sobrando no meio-fio e duas velas, uma colocada à cabeça do cadáver, outra ao seu lado direito. E sangue, muito sangue. Toda a composição transmite um doloroso sentimento de solidão, de desamparo. É uma foto imensamente triste, pungente.
Se vocês não sabem, A Notícia era aquele jornal que “quando você torcia pingava sangue”. O seu forte eram as fotos de corpos desovados ou tombados à beira de matagais, em cantos de ruas fantasmagóricas de subúrbios distantes, em valas negras a céu aberto, em terrenos baldios, muitos deles em avançado estado de decomposição ou com visíveis marcas de tortura. Membros decepados, articulações quebradas, vulvas dilaceradas crânios fraturados, intestinos à mostra. Sangue, muito sangue e também um bocado de ossos expostos e de massa encefálica derramada. As fotos eram sempre nítidas; e, supondo-se que os semblantes congelados, antes mesmo do clicar do obturador, fossem o registro de uma derradeira expressão de extremo sofrimento ou de incomensurável agonia, as fotos perpetuavam o suplício, recriavam, nas infinitas possibilidades de reprodução do filme, um único e inesgotável ato de absurda malignidade. Algo de doentio e de obsceno estava ocorrendo nos subúrbios do Rio de Janeiro.
Eu comprava diariamente o jornal e tabulava, com auxílio das fotos e do texto, o que fosse possível transformar em códigos e números: cor, sexo, profissão, idade certa ou presumida, local da desova, coisa assim. Terminei com um número significativo demissing data em algumas das variáveis, mas, em uma média de três ocorrências diárias de segunda a sexta, ao fim de pouco mais de dois anos eu tabulara aproximadamente seiscentas observações, suspeitando de que fosse parte da chamada “cifra negra”, as ocorrências que as estatísticas oficiais não registram. As distribuições de frequência confirmavam parcialmente resultados de outras pesquisas… Então, encerrei o trabalho antes de finalizá-lo, porque me dei conta do que estava realmente fazendo.

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Pelos critérios convencionais, o ano de 1983, o de início da primeira administração Brizola, foi um ano de excepcional violência no sistema penitenciário do Rio de Janeiro. De 27 de fevereiro a 24 de outubro, 31 apenados foram mortos na luta entre facções. Ao fim de um ano de exaustivo trabalho dentro das prisões da cidade, mas concentrado no complexo da rua Frei Caneca, nossa equipe de pesquisa acumulara um significativo acervo de material. Dezenas de horas de gravação de dezenas de entrevistas, números oficiais do sistema prisional, uma quantidade apreciável de anotações. Transcrevo trecho de uma das entrevistas:
– E eles batiam no senhor, quando o senhor entrava na cela?
– Quem?… O pessoal da tranca?
– É.
– Batia. Eu gritava da cela e eles me espancavam.
– E esculacharam? Estupraram o senhor?
– Fizeram tudo. Me esculacharam, tiraram minha roupa todinha, fizeram besteira comigo. Aí, eu estou até hoje lá, naquela cela lá, sem motivo nenhum.
– Na mesma cela?
– Na mesma cela. O guarda falou assim: “Olha, fulano, vou te tirar hoje daqui.” Eu falei: “Tá legal.” Aí ele falava: “Não, de manhã você vai sair.” Aí eu falava: “Tá legal.”
– E tem quanto tempo que o senhor está nesta cela?
– Eu tô com… com um mês.
– E tem um mês que o senhor está sendo esculachado?
– É, sendo esculachado… Tem um mês que estão me esculachando e tudo.
No livro que publiquei quatro anos depois de concluída a pesquisa (A Oficina do Diabo), segue-se a esse trecho o seguinte comentário: “Em se tratando dessa matéria, pode-se dar alguma credibilidade a tal depoimento?” E em seguida, em exatas nove linhas, expus as razões para uma resposta afirmativa: na “sociedade dos cativos” apenas em duas situações um indivíduo admite para estranhos ter sido estuprado:
a) ou é um “novato” e não conhece as regras da cadeia, a sua ética peculiar;
b) ou está à beira do desespero.
No caso, davam-se as duas condições. Demonstrado o ponto, isto é, aferido o grau de confiabilidade da informação, eu não fazia qualquer outro comentário sobre o “caso”. E não me lembro de que qualquer outro dos pesquisadores tenha ouvido o apelo inscrito no subtexto da entrevista. Retrospectivamente, parece-me que não o ouviríamos de qualquer forma pelas seguintes razões:
a) era necessário manter uma adequada distância dos estímulos emocionais de que tais ambientes são generosos, garantindo-se a objetividade e transparência dos registros;
b) a mínima intervenção da equipe no dia-a-dia da “sociedade dos cativos” seria ilegítima e metodologicamente inepta, pois alteraria as condições naturaisque era um dos propósitos da pesquisa descrever e analisar;
c) não queríamos problemas com os guardas e com a administração;
d) não estávamos interessados em pequenos dramas pessoais, em “notas de pé de página do grande livro da vida”, para usar a expressão de Nabokov.

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É perfeitamente compreensível que poetas e romancistas não escondam seu desdém pelos cientistas sociais, de maneira geral, e pelos sociólogos, em particular.
Thou shalt not answer questionnaires
Or quizzes upon world affairs,
Nor with compliance take any test.
Thou shalt not sit with statisticians nor commit
A social science.
E não somente, ou principalmente, porque os sociólogos julgam-se os puros de coração, incorruptíveis e virtuosos Sir Galhadas apenas porque freqüentaram centenas de horas-aula de teoria social e tiveram seu Ph.D., como Aldous Huxley nos fez o favor de lembrar em New Brave World Revisited. Transcendendo essa crença, tão comovente quanto ridícula, estaria a perícia dos sociólogos na produção e uso de uma linguagem de generalidades, tão transparente como a do senso comum e como essa povoada de metáforas mortas. A vulgarização da sociologia transformou-a numa espécie de língua franca e, quando o uso abusivo do jargão extinguiu o frescor original de suas metáforas, perdeu-se também o poder de expressão da consciência.
O poema de Auden, entretanto, denuncia outra espécie de perícia, aquela que melhor nos identifica como uma paródia do “lixeiro” de Pulp Fiction. A competência no trabalho de higienizar o cenário, de fazer a profilaxia do mundo, de transformar em “conhecimento útil” e perfeitamente tabulado, objetivo e transparente a obscenidade de corpos mutilados, o horror de centenas e absurdas sessões de tortura. Tudo o que um sociólogo não diz com expressão “taxa de homicídio” – uma mera contagem burocrática e impessoal de corpos desumanizados – o outro cala com a linguagem das variáveis e das correlações. Em um sentido literal, produzem ambos a obscenidade de associações teóricas e correlações empíricas, que nada mais são do que repetidas “cópulas entre clichês”.

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Lixeiros eméritos e mestres em generalidades, temos, é justo reconhecer, companhia, boa ou má, dependendo do ponto de vista e gosto de cada um, e até mesmo a de ficcionistas talentosos. Hiroshima, agosto de 1963, Hospital da Bomba-A. Sobreviventes do genocídio morrem de câncer em meio a sofrimentos indescritíveis. Mulheres que se esconderam durante 19 anos, envergonhadas de suas faces deformadas pela quelose, esperam, desesperançadas pelo desfecho de seu terrível destino. Alguns pacientes de suicidam. Perto dali, no Parque da Paz, a organização do 9o Congresso Mundial Contra a Bomba-A quase fracassa por divergências entre o Partido Comunista Japonês e o Partido Socialista Japonês. E, quando finalmente chega o dia inaugural, os delegados da China e da União Soviética trocam agressões verbais e rivalizam na melhor retórica sobre “desarmamento mundial”, “paz” e outras generalidades. Uma única pessoa, indignada, o redator-chefe de um diário local, pergunta se a bomba atômica não será mais conhecida pelo seu poder de destruição, que interessa às nações hegemônicas, do que pela miséria humana que ela causa. Mas os humanistas reunidos no Congresso não lhe prestam a menor atenção, e creio que Kenzaburo Oe, que tudo registrou em seu Hiroshima Notes, não se dá conta do efeito devastador do contraste grotesco. A despeito da enorme ternura, do profundo respeito com que escreve sobre as vítimas de Hiroshima – a mesma sensibilidade literária que lhe deu o Prêmio Nobel de 1994 – também ele foi infectado pelohumanismo pio, pelo reconfortante calor humano das suas boas intenções, pelo fervor missionário que se alastra entre os ideólogos e delegados ao Congresso.
Seja como for, a devastação de Hiroshima ocorrera há quase vinte anos e, além disso, certas peculiaridades de sua cultura, o fato de que haviam sido os “inimigos” e as pressões dos americanos não permitiram aos japoneses fazer da hecatombe um outro Holocausto. Ademais, como ensina um desses videogames que encantam crianças e adolescentes, “quando você mata uma pessoa, é uma tragédia; quando você mata dez milhões, é uma estatística”. Qual o número a partir do qual os humanistas deixam de se importar? Seiscentas pessoas torturadas e assassinadas no espaço de dois anos na cidade do Rio de Janeiro serão uma tragédia ou uma estatística?
Uma estatística, a crer nos humanistas, que no Rio de Janeiro são uma legião a se revezar em congressos, seminários e simpósios locais sobre direitos humanos e cidadania (mas principalmente nas telas da TV). Mas que direitos? Que cidadãos? Generalidades outra vez, a presunção da homogeneidade, o pressuposto da equivalência e da identidade de interesses, as diferenças varridas para debaixo do tapete, a macdonaldização de um humanismo tão puro e transparente que se pode ver os clichês através de suas variadas expressões. Receio que essa seja a cidadania abstrata; e essa a humanidade sem rosto e sem identidade à custa das quais vive a próspera indústria da pobreza, do crime ou dos meninos de rua. Um colega me informa que na Cidade Maravilhosa está a segunda maior concentração nacional de ONGs, superada apenas pela do Recife. São as damas e cavalheiros, usualmente de classe média e com educação superior, que se apropriaram de todas as misérias da cidade, propriedade de seu desvelo nada franciscano, pois quase sempre remunerado, diga-se de passagem. O sociólogo, o antropólogo, o humanista pedante que nesses conclaves – essa é a palavra – deita falação sobre “violência” e “tráfico de drogas” sabe, quase sempre, do que se trata: recursos para pesquisas, dinheiro oficial e internacional para campanhas e programas ineficazes e também para pagar os próprios salários e os de pesquisadores de classe média recrutados nas escolas de ciências sociais. É certo que o mercado de trabalho para o humanista profissional está em expansão, e que se regozije o ministro do Trabalho por não encontrar nesse segmento ausência de “atributos de empregabilidade” – já que “desemprego” parece-lhe, e também ao Príncipe das Generalidades, por demais genérico. Nada a ver, entretanto, com os cidadãos de Piedade – com as nossas pequenas Hiroshimas -, para não falar do ex-cidadão estendido na calçada.

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Pródigo em humanistas profissionais, o Rio de Janeiro é também o berço de uma certa historiografia que exalta o violento capoeira do século passado como herói de uma resistência popular: é a pátria dessa classe álacre de artistas e intelectuais que estetizaram o malandro como emblema da cultura urbana carioca: a navalha no bolso, o sapato bicolor de bico fino, a camisa listrada, o terno branco de linho, a calça de boca estreita, a roda de samba, a rasteira no cidadão, o desdém pelo trabalho e pelo trabalhador “otário”; a cidade é o solo em que germinou uma cinematografia predecessora em anos da “estética da superfície” – a estética da MTV – com sua oca versão romântica do bandido Lúcio Flávio (passageiro de qual agonia? da agonia de quem?). É essa a tradição que ainda hoje inspira boa parte da produção cultural da cidade, que eleva à categoria de valor o comportamento do “escracho” e da incivilidade; é a tradição que entronizou a “lei de Gérson”, com jurisdição cotidiana e que aproxima autoridades de bicheiros, bicheiros de sambistas e todos eles da constelação de alegres celebridades locais – e como brilham! – que abarrota os camarotes de luxo na Marquês de Sapucaí.
O traficante de drogas é o produto típico desse caldo de cultura: trocou o sapato bicolor pelo tênis Reebock, a calça de boca estreita pelo jeans importado, o paletó pela camisa pólo com estampado dernier cri, a navalha pelo AK-47. É o malandro pós-moderno, que não crê em representações e que levou a serio a cultura que o criou: de emblemática figura a dono e déspota do pedaço. Ele mata, tortura, intimida e aterroriza. O corpo que as adolescentes de Piedade velam na foto foi arrastado por toda a extensão do Morro da Caixa D’Água até o asfalto; já na rua, os três traficantes, armados com fuzil e duas pistolas e sem demonstrar temor, interromperam o trânsito na rua Clarimundo de Melo, para que o corpo fosse arrastado até a calçada do outro lado da via, e o abandonaram próximo à esquina com a rua Palma. O despacho macabro assustou motoristas e pedestres que passavam pelo local no momento da desova. Minutos depois, todas as casas comerciais fecharam as portas e os moradores entraram para suas casas.
Seria demasiado simples condensar no traficante a historicidade da pobreza e da misérias dos morros cariocas e transformar o tráfico de drogas numa outra versão da desgastada “estratégia de sobrevivência” das classes populares. Seria confortável acomodar e mascarar nesse clichê sociológico a natureza blasé de nossa culta e sofisticada consciência social. Mas isso não funciona. Escadinha não era pobre nem miserável, o Dênis da Rocinha não veio de família destituída e nem o Marcinho VPdo Morro Santa Marta, jamais soube o que é fome ou frio. Os grandes chefes do tráfico nem de longe representam o conceito quase mítico das “classes perigosas”. De fato, “traficante” tornou-se outra das generalidades em curso entre os bem-pensantes, uma abstração, um mero conceito, um tipo ideal weberiano, uma “pessoa estatística”, para usar a expressão de Mark Seltzer em seu estudo do serial killer americano. Asociologização do traficante, a produção desse clichê tornou-se o nosso modo de reconhecer a qualidade violenta da cultura carioca mas, simultaneamente, o modo de negá-la em sua manifestação mais sensível e dolorosa.
Não se trata aqui tão-somente da impotência de uma certa linguagem para expressar uma determinada consciência, mas sobretudo de que o uso exclusivo e abusivo dessa linguagem denota um tipo particular de crueldade que Richard Rorty chamou deincuriosity: a cegueira de certos tipos de indivíduos à dor e ao sofrimento de outras pessoas.

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O que fazer? Pode-se seguir a sugestão do próprio Rorty, que é a de elaborar um novo vocabulário privado que resgate a substância de um genuíno humanismo e delineie os traços básicos da nossa nova identidade de cidadãos. E também um novo vocabulário público que nos resgate da agonia das generalidades e das metáforas congeladas. Ambos certamente seriam de grande ajuda no tratamento da incuriosity.
Uma alternativa mais modesta (e mais honesta) seria a de alertar os consumidores de nossos produtos – teorias e tabulações, seminários e simpósios performáticos – para eventuais defeitos da mercadoria. Por exemplo, esta advertência que encontrei nos sagrados The Books of Bokonon: “Todas as verdades que estou para vos revelar são, todavia, deslavadas mentiras”.
Podemos, finalmente, admitir que as coisas são assim mesmo, que o mundo está cheio de maldade, de dor e de sofrimento. Mas, como diria o metafórico dentista do romance de Günter Grass, nada que não se resolva com uma ou duas gotas de anestesia local.

NOTAS
[1] COELHO, Edmundo Campos. “Anestesia Local:  um Sociólogo na Oficina do Diabo”, em A Oficina do Diabo. Rio de Janeiro : Record, 2005, pp. 417-428. Esse artigo foi primeiramente publicado na revista Insight – Inteligência, p. 66-73, maio-junho-julho de 1998, e posteriormente revisto pelo autor para a edição que foi republicada postumamente, na coletânea organizada pela esposa de Edmundo Campos Coelho, senhora Magda Prates Coelho, e que serviu para esta reprodução no Proveitos Desonestos.
[2] Edmundo Campos Coelho foi professor e pesquisador do antigo-IUPERJ (hoje IESP-UERJ), e dono de uma extensa contribuição sobre as relações cívico-militares, o sistema prisional e a violência no Brasil, e ainda na área da Sociologia das Profissões. Publicou: A Sociologia da Burocracia (org.); Em Busca de Identidade: o Exército e a Política na Sociedade Brasileira; A Ecologia do Crime; A Fusão: Política do Dispêndio; A Oficina do Diabo: Crise e Conflitos no Sistema Penitenciário do Rio; A Sinecura Acadêmica: a Ética Universitária em Questão; As Profissões Imperiais: Medicina, Engenharia e Advocacia no Rio de Janeiro, 1822-1930.

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